quarta-feira, 24 de março de 2010

COMENTÁRIO DUM TEXTO CRÍTICO



0.- ADRO: COORDENADAS DO PROCESSO DE DESCOLONIZAÇOM NA ÁFRICA

Temos que começar advertindo que nom som poucas as reflexons que as literaturas que
emergírom parelhas aos processos de descolonizaçom que seguírom a II Grande Guerra,
denominada por alguns historiadores como II Guerra Mundial, se tenhem vertido durante o último quartel do século XX e nos alvores do presente século. Contodo, as diversas ópticas respondem tamém, por vezes, a focages ideológicas e métodos aproximativos para a construçom deste aparato crítico fundamente afastadas. O texto que nos ocupa, neste sentido, está redigido desde as coordenadas da Teoria dos polissistemas, enunciada por Itamar Even-Zohar a começos da década de sessenta na Universidade de Tel-Aviv. Aginha se lhe unirá um grupo de investigadores como Gideon Toury, Zohar Shavit, Shelly e Rakefet Sheffy até dar forma ao Culture Research Group.
Os processos de descolonizaçom na África dam-se como resultado das promessas dos países
europeus as colónias durante a II Grande Guerra e em virtude, dumha banda, do direito de
autodeterminaçom enunciado por Wilson após a Grande Guerra – nada inocente e sumamente
arbitrário por certo –, e doutro das realidades antagónicas presentes nas sociedades coloniais que
dérom pé a conformaçom das condiçons objectivas e subjectivas para a luita armada que tivo
quiçais o seu máximo exponente no Vietname, primeiro com a batalha de Ðiện Biên Phủ (1954) e
logo na guerra de libertaçom do Norte. E muito interessante a óptica com a que o filósofo esloveno Slavoj Žižek [2007: 63-63] analisa estes processos, fundamento da reordenaçom actual do apartheid global:

¿Cuál es, entonces, la relación entre el universo del capital y la forma Estado-nación? Quizás “autocolonización” sea la mejor manera de calificarla: con la prapagación directamente multinacional del capital, ha quedado superada la tradicional oposición entre metrópoli y países colonizados; la empresa global, por así decir, cortó el cordón umbilical con su madre patria y trata ahora a su país de origen igual que cualquier otro territorio por colonizar. (...) En un principio (un principio ideal, claro está), el capitalismo se quedaba en los confines del Estado-nación, con algo de comercio internacional (intercambio entre Estados-nación soberanos); vino después la fase de la colonización, en la que el país colonizador sometía y expolotaba (económica, política y culturalmente) al país colonizado; la culminación de este proceso es la paradoja de la colonización: sólo quedan colonias y desaparecieron los países colonizadores; el Estado-nación ya no encarna el poder colonial, lo hace la empresa global. Con el tiempo, acabaremos todos no ya sólo vistiendo
camisetas de marca Banana Republic, sino viviendo en repúblicas bananeras.
La forma ideológica ideal de este capitalismo global es, lo sabemos, el multiculturalismo: esa actitud que, desde una hueca posición global, trata todas y cada una de las culturas locales de la manera en que el colonizador suele tratar a sus colonizados: “autóctonos” cuyas costumbres hay que conocer y “respectar”. La relación entre el viejo colonialismo imperialista y la actual autocolonización del capitalismo global es exactamente la misma que existe entre el imperialismo cultural occidental y el multiculturalismo.


Por outras palavras, os países colonizados toda vez que alcançárom a sua independência fôrom aginha esmagados, sobretodo na África, polas forças globais do mercado e a dívida externa, como o que se convertêrom em reféns dos centros de poder e como periferia longínqua, toda vez que a dívida externa se tornou em “dívida eterna” e a sua capacidade decissória e nula afora das suas fronteiras e muito limitada no interior das mesmas1. Aliás, este vector Norte-Sul insire-se numha “doutrina do shok” muito mais ampla, em terminologia de Naomi Klein, e converte as classes dominantes dos estados fracassados em agentes que garantem a perpetuidade do apartheid global, tal e como o tenhem denominado Richard Falk ou Sapir Amin. Do outro vector de que fala Žižek nom imos penetrar agora por tratar-se da queda do welfare state e a instituiçom do quarto mundo como norma algo que, evidentemente, é um fenómeno que afecta só a aqueles estados do Norte que contárom algumha vez com soberania em virtude do “pacto social” cuja pirámide era um estado-providência assentado sobre a nom-classe, quer dizer, a classe média e que se passa a estadopenitência.
Precisamente, a teoria dos polissistemas que se segue no trecho proposto emprega as etiquetas próprias desta teorizaçom: sistemas literários, centro-periferia e centro-periferia entre diversos sistemas literários no contexto da globalizaçom ultraliberal descendente. Vai por diante que nom devemos evitar quando menos advertir que o estudo das literaturas africanas em línguas europeias, e aí radica o fundo da proposta do artigo, acocha amiúdo a realidade plurilingüe da
África e a emergência dalgumhas destas línguas após o processo de descolonizaçom. Um exemplo
disto poderia ser a língua caboverdiana(2).
Aí tamém se exprime para umha análise ainda muito pouco desenvolvida a teoria dos polissistemas, já que o convívio de sistemas lingüísticos e literários distintos é onde melhor se pode aproveitar, ou quando menos de maneira mais imediata, a sua capacidade para descrever as interferências entre línguas, literaturas e culturas.
Eis a importáncia e a pertinência, portanto, da distinçom que se fai no artigo já desde o começo: «literaturas africanas em/de língua portuguesa e não de expressão protuguesa ou literaturas lusófonas de África». Tentaremos explicar por quê é que o autor do texto crítico fai esta afirmaçom no tocante às literaturas africanas, mas que poderia por igual ser aplicável ao resto das literaturas exprimidas em qualquer outra língua.

1.- ENTRE PRÓSPERO E CALIBÁM. A EMERGÊNCIA, A CONFIGURAÇOM E A MATURIDADE DOS SISTEMAS LITERÁRIOS DE LÍNGUA PORTUGUESA

As literaturas africanas em português tenhem sido denominadas como literatura calibanesca,
ou antropomórfica, como tem assinalado Manuel Ferreira na sua obra O reino de Calibám (1997).
Calibanesca por tomarem a língua do colonizador apenas para a forma, para a criaçom literária, ou seja, a expressom, nem o fundo nem os elementos repertoriais. Portanto, nom pode haver literaturas africanas de expressom portuguesa apenas literatura africana de língua portuguesa.
De facto, a existência dumha realidade bem dada polo nome que se lhe dá ao objecto e em funçom da etiqueta escolhida para nomeá-lo poderemos olhar diferenças. Pode que as palavras
sejam na forma portuguesas, mas os conteúdos nem sempre se correspondem, para além de que
cumpre assinalar que hai um acervo amplo de formas de línguas nativas que se incorporam a linguage literária em todos os PALOP'S. Neste caminho é onde se constrói um sistema literário,
autocentrado e autogerido e nom dependente ou em dinámicas de dualismo como em contextos
regionalistas.
Após um tempo de prostraçom da literatura a respeito dos processos de independência a consolidaçom destes sistemas literários chegou através de atirar os lentes europeus da África, ou
seja, reinventar desde umha visom endógena a África. De aí a necessidade de «discutir a (ilegitimidade) de uma designação, ontem e hoje, abrangendo literaturas dos cinco países africanos de língua oficial portuguesa». Porém é igualmente errado fazer umha análise de conjunto que deixe de parte cada umha das realidades nacionalitárias nascidas após o processo de emancipaçom nacional, ainda nom social algo que se reflexa numha literatura com fundas preocupaçons políticas (o social é político) em muitos autores. Daquela, podemos acrescentar como o autor que «duas décadas depois das independências políticas, é já indiscutível a afirmação cada uma das literaturas no universo da língua portuguesa, em termos estéticos (técnico-compositivos, temáticos e estilísticos) e sociológicos».
Esta afirmaçom comum, mais nom uniforme quanto a identidades, trouxo consigo que todo trabalho de produçom literária «com topoi e ideoligemas, signos e símbolos, de uma certa retórica que configurou a estética literária desses “tempos difíceis”, conugava-se num frente de exortação à resistência, de reivindicação da pátria e de afirmação cultural. Esse discurso de combate resultou em reconhecimento das individualidades nacionais – mais em termos de utopia (entendida aqui como possibilidade de realização) do que de realidade- formuladas, literariamente, em angolanidade, caboverdianidade, moçambicanidade e são-tomensidade». Isso si, as cronologias som dispares e a irrupçom serôdia da literatura na Guiné-Bissau merece ser focada afora destas outras já que Mantenhas para quem luta (1977) é muito tardia e a literatura cívico-combativa ligada a descolonizaçom nom é nem de longe equiparável a dos outros PALOP'S abrindo-se logo passo novas formas. Os fitos literários nos outros espaços som muito anteriores: Mensagem (1951-2) na Angola, Claridade (1936-1960) em Cabo Verde, Msaho (1952) para Moçambique e, por último, Ilha de Santo Nome (1942). Isto sem perder de vista outros territórios que num futuro puderam analisar-se desde umha óptica de seu como a Cabinda ou Casamança.
Nesse universalismo diverso vemos nós umha interpretaçom do carácter revolucionário e de esquerdas destes processos emancipador, que tentárom por vezes sê-lo socialmente tamém, assi
como a sua incidência na transformaçom no horizonte de expectativas social para permitirem a irrupçom dum sistema literário, que por sua vez, reforçou o processo emancipador. O universalismo de esquerdas nom necessita reconstruir conteúdos neutros, porque aceita o carácter antagónico da sociedade e da orde global e por isso desde o particular tem capacidade para dar umha ideia de africanidade e de humanidade comum, remetendo para um universal concreto, quer dizer, a um elemento próprio que representa, quanto elemento repertorial de seu, o universal toda vez que é um elemento particular estruturalmente desprazado; por exemplo os contratados, os serviçais (trabalhadores nos latifúndios de Angola e Moçambique) ou os magaíças (trabalhadores nas minas).
Destarte, existem elementos repertoriais comuns as cinco literaturas de língua portuguesa, mas tamém hai notáveis diferenças que respondem a realidades sociais, económicas, de oratura (autêntico estrato da expressom de africanidade e da originalidade em cada sistema) e, sobretodo, de horizontes de expectativas distintos. No artigo comenta-se atinadamente como a partir da década de oitenta do passado século estas diferenças seguem percursos totalmente dispares, tal e como a Galiza e Portugal seguem tamém diferentes caminhos literários (ou o Brasil com respeito de Portugal e a Galiza). Com anterioridade a esta data essas literaturas seguiram um mesmo rumo alicerçadas num projecto comum nacionalista emancipador, um projecto «de afirmação de uma identidade cultural funcionando contrução intelectual e discursiva».
De facto, ainda hoje as etiquetas mais ou menos acertadas convivem sincronicamente nos estudos literários revelando vários estádios na valoraçom e análise das literaturas africanas. Assi,
segue-se apresentando de modo panorámico as literaturas africanas a pesar do tempo transcorrido desde o início do estudo desta e contra isto é contra o que, atinadamente em minha opiniom, reage o autor. Tanella Boni, escritora em francês da Costa do Marfim lembrava nom hai muito que é imprescindível dar visibilidade às culturas africanas, a sua diversidade, abandonando essa visom eurocéntrica do multiculturalismo que apenas serve para olhar com os óculos europeus a África como um todo e isso sempre e quando a diferença nom atente contra os nossos “valores”eurocéntricos.
Como se tem aduzido acima em cada espaço das literaturas africanas interactuam questons nacionais que fam aliás variar os elementos repertoriais de cada umha delas outorgando-lhe umha fisionomia per se, e ao igual que identificamos dentro dum mesmo sistema as diferenças entre correntes e autores é necessário fazer este mesmo esforço num nível superior, mas nom por isso mais abstracto quanto elementos tangíveis para analisar. Nom existe, portanto, nem na Europa nem em qualquer outra parte, um intersistema de língua nengumha. Como luzidamente salientou Inocência Mata no seu artigo “A periferia da periferia” o plural marca a diferença ao tratar-se de literaturas.
Na conformaçom destes sistemas Laranjeira identifica três grandes blocos temporais: o tempo colonial (do achamento até 1880-1890), o tempo colonialista (do pós-conferência de Berlim até 1974) e o tempo soberano (a partir de 1975). Concedendo-lhe a estes limites umha necessária convencionadidade vemos que como protossistemas vam eclosionado na segunda etapa para converterem-se em sistemas emergente durante a segunda metade do século XX, especialmente após a independência. Estes sistemas emergentes tenhem por senha principal umha natureza dual, tal e como Louis-Jean Calvet tem assinalado, e caracterizam-se por instaurar um discurso do negro no interior da escrita branca, sendo que a escrita é de pretos e vai ser feita a partir de língua de brancos, mas nom em língua de brancos. Eis a fundamental chave para entender este antagonismo endógeno as culturas destes estados.
Dumha parte, as línguas africanas som o lugar de autenticidade é preservaçom das essências
perante a alienaçom uniformizadora a globalizaçom ultraliberal descendente, doutra parte a língua do colono é empregue como reporte coesivo no cultural-nacionalitário e de aí que se erga como “maquis” lingüístico e estético.
No entanto, a maturidade destes sistema deu-se, com a excepçom da Guiné, em pósindependência por produzir-se umha natural mudança nas temáticas nom condicionada por umha luita nacional e com a manifestaçom das eternas tensons entre literatura social e arte pola arte, ou a mais escapista por assi dizê-lo. Por exemplo, em Moçambique Rui Knopfli tardou em ser reconhecido como um escritor moçambicano pois nem se comprometera durante a independência nem logo no contexto da longuíssima guerra civil. Quiçais esta evoluçom seja natural para nós integrantes dumha «ilha sem mar ao leste», moradores da periferia próxima, que sem ser periferia nem muito menos, já que formamos parte do centro do sistema (ainda que seja perifericamente), mantemos traços comuns aginha visíveis com as literaturas emergentes da África e a evoluçom após a década de oitenta na literatura galega foi por este mesmo caminho de explorar novos elementos e fórmulas afastadas da literatura sócio-combativa (se bem aqui entra tamém a ideologia do pósmodernismo ainda sem questionar desde os estudos literários dum modo geral).
Neste caminho deixou-se de fazer da palavra poética veículo de contestaçom para fazer do
romance veículo de criaçom e reartelhamento das novas identidades nacionalitárias, mas nom desde umha óptica necessariamente política – no sentido político da sociedade civil-, mas desde umha óptica de introspecçom cultural, do calibanesco, das pulsons entre a velha cultura africana e os influxos e evoluçons da África durante todo o século XX por mor da ingerência europeia.

3.- CODA

Fica para melhor ocasiom a elaboraçom duns apontamentos para estabelecer um esforço comparativo entre as literaturas africanas e asiáticas de língua portuguesa e o caso da Galiza, quê
paralelismos – e que diferenças- é que se podem marcar quanto à emergência, à afirmaçom e ao
funcionamento sociológico destas literaturas.
Contodo, umha primeira pode aventurar-se facilmente. A dependência da Galiza é visível nos elementos repertoriais comuns com a literatura-teito e contra isso reage-se, ou tenta-se, como
nos casos africanos, se bem com a reafirmaçom da língua própria - bem explicável por sermos um povo com consciência histórica - e nom um conglomerado de identidades tribais que calhárom em estados por reacçom perante um invasor comum e que partiam de identidades distintas e ainda por vezes antagónicas despois de atingida a independência nos estados continentais. Nom deixa de ser paradoxal umha mesma cousa em ambos casos. Enquanto a Galiza segue sem perceber que a lusofonia é a válvula para essa via própria definitiva sem renunciar a sua persolidade, as literaturas nas línguas nacionais africanas segue ainda latente, com excepçom do Timor onde a língua é afirmaçom nacional como o é o galego-português na Galiza por reacçom à Indonésia.
Um segundo repto impressionante, polo espantoso que resulta e tamém pola sua enormidade, seria estabelecer o funcionamento sociológico de cada sistema. As semelhanças e diferenças entre o mestiço Brasil, a antiga metrópole Portugal, a Ásia de Macau e Timor Leste, a África e a filha pródiga que poderia chegar a ser umha Irlanda que exprimira a sua genuidade cultural na língua colonizadora, como nos PALOP's, ou o que é pior, ficar esgaçada, morta e absorvida. Porque a cultura pode sobreviver a língua como se tem demonstrado na história... mas nom sempre infelizmente.

1 Um bom exemplo e o desmantelamento total das universidades africanas a partir dos oitenta com o ascenso das receitas dos Chicago boys.

2 Coincidimos plenamente com Moreno Cabrera quando afirma no capítulo 1 do seu livro El nacionalismo lingüístico: una ideología perversa que se deve falar de fenómenos de interferência e nom de pidgin e que isto trai consigo por vezes a conformaçom de koinés e nom de línguas crioulas, ou seja, que um “crioulo” é umha língua como qualquer outra polo que a denominaçom é, do ponto de vista lingüístico, superflua.

Bibliografia

VILLANUEVA, Darío, coord. (1994), Avances en... Teoría de la Literatura, Serviço de
Publicaçons e intercámbio científico, Compostela.
ŽIŽEK, Slavoj (2007), En defensa de la intolerancia, Biblioteca Pensamiento Crítico –
Público, Madrid, 2010.

Nota: Falta a referência do texto crítico original porque nom nos foi dada, mas é a introduçom dum artigo sobre a natureza das cinco literaturas de língua portuguesa na África.

terça-feira, 23 de março de 2010

Medra eleitoralmente o nacionalismo emancipador no Estado francês

Corsos, bretons e ocitanos apostam cada vez mais polo autogoverno e os seus direitos nacionais como povos. A sociedade civil mais consciente demanda com maior força de cada vez a instituiçom dumha Europa dos povos.

Fóra de Elsàss -onde os nacionalistas nom passárom a primeira quenda, e onde seguirá a gobernar a direita- e na Lengadòc e Catalunya Norte (Languedoc-Roussillon, em francês) -com a maioria absoluta conseguida pola formaçom do xenófobo George Frêche- os resultados en Breizh, Ocitánia e Córsega fôron muito possitivos como assinala o jornal galego Vieiros.

Córsega
A medra do nacionalismo emancipador em Córsega serviu para que na Assembleia nom se estabeleça nengumha maioria absoluta e, por cima, provoca a caída da direita, ao tempo que será decisivo para aprovar normas, com o que isso pode supor para o autogoverno da ilha.

Femu a Corsica, a lista autonomista liderada por Gilles Siméoni, obtivo um histórico 28,59% dos votos, mentres que os independentistas de Corsica Libera, encabezados por Jean-Guy Talamoni, apanhárom a nada desdenhável cifra do 11,21%. As candidaturas francesistas obtivérom 29'48% no caso da conservadora de Camille de Rocca Serra, e a progressista de Paul Giaccobi leva o triunfo com 30,72%.

A importáncia do resultado de Femu a Corsica mostra-se com maior evidência nas duas principais cidades da ilha, Aiacciu e Bastia, onde se situou como segunda força política, e em Portivechju, outra importante localidade, onde foi a ganhadora das eleiçons. Algo se move na direcçom certa na ilha, tamém para o arredismo libertário.

Ocitánia

Na Ocitánia, a naçom onde nasceu a moderna poesia Ocidental, dividida por París em vários departamentos logo agrupados em regions, por vez primeira haverá cinco representantes do Partido Ocitano (PÒC), formando parte das listas conjuntas com Europe Écologie.

Os conselhos regionais de Auvèrnhe, Aquitània e Miègjorn-Pirenèus, com cadanseu, e Provença-Aups-Còsta d'Azur, com dous, terám deputados ocitanistas. Regions todas, ademais, que serám governadas polos socialistas com apoios o que pode reforçar o seu papel nos próximos anos.

Breizh

Ainda que os nacionalistas bretons melhorárom a sua representaçom, os socialistas de Jean-Yves Le Drian (50,92%) governarám em solitário outros seis anos mais em Breizh.

Europe Écologie, lista onde se integrou a Unión Democrática Bretoa (UDB) logrou 17,21% dos sufrágios, que em teoria outorgarám aos nacionalistas quatro deputados, un mais ca em 2004.


Som boas novas para a construçom dumha Europa dos povos, alicerce fundamental para umha outra globalizaçom ascendente que se oponha a globalizaçom ultraliberal descendente.

segunda-feira, 22 de março de 2010

"Como podem per sas culpas os omos"




Cantiga pertencente às Cantigas de Santa Maria, texto medieval em galego-portugês redactado na Corte do rei Afonso IX, o sábio (X na historiografia espanhola). Aqui temos umha "actualizaçom" moderna do som a cargo da banda de metal germana In Extremo, que versiona temas medievais em latim, gaélico, alto-alemám, etc.





Letra de "Como podem per sas culpas os omos"

"Esta [é] como Santa Maria guareceu un ome que era tolleito do corpo e dos nenbros, na sa eigreja en Salas.

Esta é de como Santa María guareceu a um home que era tolheiro de corpo e dos membros na sua igreja em Salas.

Como poden per sas culpas os omes seer contreitos,
assi poden pela Virgen depois seer sãos feitos.

Refrám: Como poden polas suas culpas os homes cair doentes, assi podem logo ser sandados pola Virge.

Ond' avo a un ome, por pecados que fezera, que foi tolleito dos nenbros da door que ouvera, e durou assi cinc' anos que mover-se non podera, assi avia os nenbros todos do corpo maltreitos. Como poden per sas culpas os omes seer contreitos.. Con esta enfermidade atan grande que avia prometeu que, se guarisse, a Salas logo irya e ha livra de cera cad' ano ll' ofereria; e atan toste foi são, que non ouv' y outros preitos. Como poden per sas culpas os omes seer contreitos... E foi-sse logo a Salas, que sol non tardou niente, e levou sigo a livra da cera de bõa mente; e ya muy ledo, como quen sse sen niun mal sente, pero tan gran tenp' ouvera os pes d' andar desafeitos. Como poden per sas culpas os omes seer contreitos... Daquest' a Santa Maria deron graças e loores, porque livra os doentes de maes e de doores e demais está rogando senpre por nos pecadores; e poren devemos todos sempre seer seus sogeitos. Como poden per sas culpas os omes seer contreitos..."


terça-feira, 16 de março de 2010

BRIGADISTAK FERMIN MUGURUZA



En la línea del Frente (Kortatu-Fermín Muguruza)

segunda-feira, 15 de março de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

"Chacho" música em asturianu do grupo Los Berrones versionada para o eúskaro por Zarama



LETRA EM EÚSKARO:

Batzuk, esaten hemen diru
mordo zeunkala gorderik
auskalo non daukazun zuloa

Beti berdin jantzirik eta
zigarro okina ezpainen artian
dardarti ta matatua

Beti bakarrik
triste ikusten zindudazan
albarka zarrez bidean
eta euritakoa eskuetan

Beti bakarrik
aizeari egiten berba
batek daki nondik eta
eta norantz

Txatxo, non zaoz txatxo
beste mundura joan zinen
hoi probatu barik
neska zalia bazinen baina
inork etzuen inoiz
zugaz dantza egin nahi.

Gutxik, ezagutu zinduezan
bainan hileta eta mezarik ez da izan
zu agertu bare
lagun minik ez bizitzan ta
ta orain hiltzean
herrian goguan ez dautxuenik ez da

Beti bakarrik
triste ikusten zindudazan
albarka zarrez bidean
eta euritakoa eskuetan

Beti bakarrik
aizeari egiten berba
batek daki nondik eta
eta norantz

Txatxo, non zaoz txatxo
beste mundura joan zinen
hoi probatu barik
neska zalia bazinen baina
inork etzuen inoiz
zugaz dantza egin nahi

Beti bakarrik
triste ikusten zindudazan
albarka zarrez bidean
eta euritakoa eskuetan

Beti bakarrik
aizeari egiten berba
batek daki nondik eta
eta norantz

Txatxo, non zaoz txatxo
beste mundura joan zinen
hoi probatu barik
neska zalia bazinen baina
inork etzuen inoiz
zugaz dantza egin nahi