terça-feira, 24 de novembro de 2009

"Os Pinos", hino da Galiza, interpretado por Susana Seivana

Turistas


Em Euskal Herria as máquinas expendedoras de tabaco rezam do seguinte jeito: «Tourist remember, Country-Basque is not Spain». Na Galiza só vim um estabelecimento com o escudo da sereia de Castelao na máquina. A Geraçom Nós diferenciava muito bem entre turista e viajeiro. Eles próprios eram viajantes e na prosa de Outeiro Pedraio sai em fervença essa faceta viajeira junto ao seu gosto pola história quotidiana de cada época histórica, orientaçom em que intervéu o seu professor Eduardo Moreno Lopes.
De facto, toda a Geraçom mostrou adimadversom polo turista, que vive de costas e alheio as culturas que visita. A palavra touriste nasceu para a França através da obra de Stendhal. Castelao ataca no seu Diário o turismo, Risco fai-no em Mitteleuropa e Pedraio em Pelerinaxes ou em passages dos seus romances, como o trecho de Devalar que segue:
«Do portal do hotel sae un fato de turistas: impermeables de reflexos de onda e sol atlántico, xentes loiras, ollos verdes, graves, sportivos, finxindo algúns a indiferenza de considerar o mundo como un parque para os ingleses».

Alienaçom e moda: 2 x 1

Som muitas as pessoas consumidas polo consumo, que apenas valoram os indivíduos e os objectos polo preço que tenhem. Nas naçons oprimidas o exótico, o raro, o foráneo é bom, o próprio mau e deve abandonar-se. Os filisteus foram já atacados por Risco em O porco de pé (1928) por meio da personage de dom Celidónio. Em Devalar (1935), Outeiro Pedraio, opom a juventude colonizada e alienada com a camponesa e europeia:
«Os feos bichos podian organizar os seus danzóns de servos na lama da imitanza. Por riba deles decorría a onda musical das badeladas. Rían os ollos mozos e a gracia campesía e europea da cidade. Presencia da infinda arelanza ou do arelar infindo, as que fan ledas as tampas dos cemiterios, boa a risa dos ollos e dos beizos, e pintan unha árbore de vida no remate dos camiños».
Neste mesmo romance Outeiro Pedraio traceja o auto-ódio, a auto-xenreira, a diglossia:
«Lady Woolf, escoitou no claustro un bravo e duro falar castelán. Pasaban cóengos de estreira teoloxía e soberba etiqueta desprezativa. Lady Woolf confirmou a tese da súa historia imaxinada. “Teño a chave da historia desta terra. Pouca falla me fai a investigación erudita”».
Expressou-no tamém Luís Seoane quando afirmou num poema que na Galiza levavam séculos luitando e rifando os homes com as ratas... só que sempre ganham as ratas.


Sem comentários:

Enviar um comentário